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País não voltará à guerra- Afonso Dhlakama,

Por admin

Redacção

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, reiterou, na passada quinta-feira, no distrito de Sussundenga, província de Manica, que, se depender da sua vontade, Moçambique jamais voltará à guerra e a paz efectiva será uma realidade nos próximos anos.

Afonso Dhlakama falava num comício popular na sede distrital no início da visita de dez dias àquela província, onde poderá escalar sucessivamente, para além de Sussundenga, os distritos de Macossa e Vanduzi. Nestes locais o líder da Renamo tem agendado encontros com populares para falar sobre o presente e futuro do seu partido e de Moçambique.

O distrito de Sussundenga, primeiro local escalado por Afonso Dhlakama, foi um dos bastiões do Movimento de Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO) na guerra civil que durou 16 anos. Durante o conflito armado, a Renamo havia instalado naquela região suas bases estratégicas que aterrorizaram a parte sul das províncias de Manica, Sofala e norte da região sul do país.

Afonso Dhlakama referiu no entanto não existirem razões para o país voltar a viver momentos de perturbações por causa das diferenças entre as partes (Governo – Renamo) que podem ser ultrapassadas por meio do diálogo. “Não se justifica quedepois de mais de vinte anosde paz, Moçambique volte apassar por momentos críticosda sua história causadospor quebra de confiança entreos principais signatários doacordo de Roma. Esta instabilidadeapenas vem atrasaro desenvolvimento do país eavolumar a pobreza dos moçambicanos.Penso que o que falta éapenas vontade por parte dopartido no poder. Se o governoestiver efectivamente interessadoem resolver o imbrógliodevia se abrir para uma conversamais séria e respeitar ascláusulas que vêm plasmadasnos dois acordos para que Moçambiquetenha uma paz efectiva.

É isso que esperamos.”

Respondendo a uma pergunta de jornalistas sobre um possível encontro com o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, o líder da Renamo manifestou total disposição e assegurou que isso poderá acontecer logo que lhe for endereçado um convite com uma agenda bem definida sobre os assuntos a serem abordados durante a conversa.

“Não quero me encontrar com o Nyusi para tomar mais um café. Quero que seja um encontro onde serão tratados assuntos concretos sobre o presente e futuro do país. Dizer que vamos falar da paz não é suficiente. Há muita coisa em volta disso. Portanto, se eu souber a principal agenda e ver que é do interesse de todos moçambicanos, aí sim. Poderei me encontra com Filipe Nyusi no minuto seguinte. Caso contrario não”, sustentou AfonsoDhlakama.

Ainda sobre as ameaças de retorno à guerra, Afonso Dhlakama sublinhou que a sua força não pretende desestabilizar o país, mas poderá responder à mesma medida as provocações feitas pelo exército governamental caso continue a inviabilizar as actividades do seu partido. Terça-feira, Afonso Dhlakama prosseguirá com seus trabalhos nos distritos de Vanduzi, Gondola e cidade de Chimoio.

Domingos Boaventura
mingoboav@yahoo.com

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