Assembleia da República acaba de aprovar na especialidade, com 143 votos da Frelimo, a proposta do Plano Económico Social e Orçamento do Estado (PESOE) para 2022, numa sessão que decorre desde a manhã de hoje.
Depois de várias análises e debates, 48 deputados da Renamo e do Movimento Democrático de moçambique (MDM) votaram contra.
O porta-voz da bancada da Frelimio, Feliz Silvia, disse que o seu partido votou a favor do instrumento com vista à materialização do Programa Quinquenal do Governo (PQG) 2020/24, do qual se destaca a criação de mais e melhor emprego para os moçambicanos, o alargamento da rede de abastecimento de água, a materialização do programa energia para todos bem como a criação de condições sanitárias para a prevenção da pandemia da Covid-19.
“Estes documentos visam materializar igualmente a descentralização em curso no país com vista a aproximar cada vez mais a Administração Pública à população com esta lei”.
Por seu turno, a Renamo, na voz de Ivone Soares, destacou que vota contra o PES e OE para 2022 pelo facto de a maioria do povo não poder ser absorvida pelas oportunidades emprego no ano que vem, o que significa, na sua opinião, que o povo vai continuar sem horizonte, sem futuro e nem o que comer.
Enquanto isto, Fernando Bismarque, em declaração de voto para a bancada do MDM, explicou que a sua bancada deu nota negativa ao PES e OE para 2022 porque está claro que o Governo continua a concentrar recursos no nível central com 65,4% e apenas 34,6% para as províncias, distritos e autarquias, contrariando o espirito e a letra do processo de descentralização em curso no país.