O sociólogo Helder Jauana entende que o jornal notícias conseguiu se reinventar depois da crise pós-eleitoral que assolou o país, ao assumir um postura não incendiária e sem colocar em causa a segurança do Estado.
Porém, disse ser pertinente que este jornal defina os nichos para os quais pretende comunicar de maneiras a se manter relevante e líder de audiência e de debate na sociedade.
Explicou que, hoje, a sociedade é feita pela “pôs-verdade”, fenômeno associado ao uso das redes sociais, pelo que indicou ser importante que os jornalistas deste órgão tenham uma visão clara sobre os temas de interesse para os seus leitores.
Falando sobre “o papel do jornal notícias na formação da cidadania” e dos 100 anos de compromisso com a cidadania e o desenvolvimento, Jauana sugeriu que evindem esforços no sentido de se chegar às escolas primárias e secundárias dos locais mais distantes para criar neles a necessidade de leitura e, em simultâneo, se apresentar como uma solução para esse fim.
Insistiu que o jornal notícias, que ontem celebrou 99 anos de existência, deve ter um pensamento desruptivo, todavia, alinhado com a sua política editorial que é emanada pelos seus accionistas.