A População urbana de África irá triplicar nos próximos vinte e cinco anos, de acordo com as previsões demográficas, obrigando os países a investir até 5,5% do seu produto interno bruto (PIB) no desenvolvimento urbano, se quiserem evitar a proliferação de bairros de lata. Esta foi a conclusão partilhada por peritos numa mesa redonda sobre “Mobilização do financiamento para o desenvolvimento e planeamento urbanos”, organizada no Fórum Africano de Investimento, que decorreu de 4 a 6 de Dezembro em Rabat, Marrocos.
Hastings Chikoko, Director Sénior para as Cidades na Big Win Philanthropy, salientou o fenómeno da urbanização galopante e mal controlada: “Infelizmente, as pessoas continuarão a vir para as cidades. O que é que é preciso fazer?”, questionou.
“O problema é a falta de planeamento, que se traduz, por exemplo, na falta de infraestruturas de habitação e no aparecimento de bairros de lata”, salientou Eric Gumbo, Director Associado da G & A Advocates LLP no Quénia e acrescentou: “Os nossos países não têm margem de financiamento e isso tem um impacto nas nossas cidades. Os países africanos têm um rácio da dívida sobre o PIB de cerca de 65%”.
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