Resultados preliminares do Estudo LITES – Línguas de Instrução e Transições nos Sistemas de Ensino – realizado ao longo de vários meses por pesquisadores moçambicanos, nomeadamente, Carlos Manuel, Feliciano Chimbutane, Carlos Lauchande e Gervásio Chambo, no qual foram testadas as línguas Changana, Macua, Ronga (Língua Primeira) e Português (Língua Segunda), indicam que “o nível de priorização da política de EB em Moçambique é moderado, com um apoio crescente à expansão a nível nacional, mas com poucos recursos e sinais de resistência”. Apontam ainda que os factores positivos incluem investigação, advocacia e projectos-piloto fortes, enquanto os factores negativos prendem-se com dificuldades de implementação e prioridades concorrentes (imersão em Língua Segunda).
Especificamente, verifica-se que há adesão geral à política de Ensino Bilingue (EB) nas escolas. Entretanto, no que diz respeito aos casos de adaptação ou desvio foi observado que os mesmos são motivados pela falta de acesso aos Materiais de Ensino e Aprendizagem (ME&A), bem como à formação inadequada dos professores e ainda às baixas competências de português dos alunos, adicionando-se a estes factores a confusão sobre os requisitos da política.
Destaque vai igualmente para a implementação inconsistente da política de EB, baseada em prioridades orçamentais e políticas inadequadas, que resulta em qualidade e acesso insuficientes aos Métodos de Ensino e Aprendizagem, à falta de formação de professores e fraca planificação e monitoria da implementação. Leia mais…
127
Artigo anterior