Os 178 autocarros que transportaram cidadãos moçambicanos que trabalham nas minas e farmas agrícolas da República da África do Sul (RAS), que vieram passar as festas de Natal e de Ano Novo na terra natal, estão de volta à terra do Rand.
Primeiramente estimados em 13 mil trabalhadores moçambicanos na RAS que viriam passar a quadra festiva em Moçambique, segundo os registos de então, feitos pela Delegação do Ministério moçambicano do Trabalho naquele país, o número acabou quase duplicando, em consequência de interesse manifestado por outros trabalhadores à medida que o tempo foi passando.
Até ao dia 30 de Dezembro, tinham atravessado a fronteira para Moçambique 36.336 trabalhadores, entre os que usaram a transportadora rodoviária sul-africana Vaal Maseru, agente oficial credenciado pelo Governo moçambicano neste tipo de operações, e os que preferiram outras empresas do ramo ou recorreram a viaturas particulares.
Mesmo assim, a vinda ao país neste período do ano tem mostrado um decréscimo, sobretudo se se comparar com o ano passado, em que vieram para o Natal e o Ano Novo um total de 43.692, só os transportados pela Vaal Maseru.
Trabalhadores moçambicanos nas minas e farmas sul-africanas, bem como os seus familiares, começaram a vir a Moçambique para as festas nos princípios do mês de dezembro, mas grande fluxo só se verificou a partir do dia 20, quando as minas e farmas na África do Sul encerraram para mini-férias colectivas, como tem sido tradicional, no quadro das festas pascais, natalícias e de fim de ano.
Hoje, dia 5 de Janeiro, será o pico, em termos de regresso para a RAS, onde as actividades laborais nas minas reiniciam exactamente nessa data, às 21:00 horas. As regiões de maior aglomeração de mineiros moçambicanos na RAS são, nomeadamente, Rustenberg, Klerksdorp, Carletonville e Welkom, as quais têm servido de entrepostos para o carregamento dos mesmos até às suas zonas de origem, em Moçambique, e vice-versa.
Os 7 mil trabalhadores moçambicanos nas farmas daquele país optaram por usar fronteiras mais próximas dos seus locais de trabalho, com destaque para as Províncias de Limpopo e Mpumalanga, maioritariamente recrutados nas Províncias moçambicanas de Gaza e Maputo, sendo a fronteira de Pafúri, em Chicualacuala (Gaza), a mais preferida.