- Tratamento está avaliado em dois milhões de MT
O tempo tem sido o pior inimigo para a família Foliche, que há mais de um ano, entre idas e vindas ao Hospital Central de Maputo (HCM), busca a cura para uma doença que acomete a filha mais nova da família de apenas três anos de idade.
A menina chama-se Lukeny Foliche e vive com um tumor maligno agressivo e raro que se desenvolveu na região genital. Em consequência disso, ela não anda, não senta e dificilmente se alimenta.
Já foi submetida a uma cirurgia para a remoção do tumor, passou por diversos tratamentos oncológicos, mas, pouco tempo depois da intervenção cirúrgica, o tumor voltou e, nos últimos dias, não responde à medicação.
Os sintomas da doença iniciaram quando ela tinha pouco mais de um ano de idade. Uma borbulha na região genital, que se assemelhava a um abcesso, foi o primeiro sinal de alerta.
Depois de uma consulta na unidade sanitária local, foi transferida para o Hospital Provincial de Maputo, onde a família foi tranquilizada porque se suspeitava de acumulação de secreções.
Entretanto, dois meses depois, o tumor estava duas vezes maior, o que levou a menina a ser transferida para o HCM. E foi da maior unidade hospitalar do país que veio o diagnóstico e, posteriormente, foi submetida à cirurgia para a sua remoção.
Segundo Elias Foliche, pai da criança, após procedimento cirúrgico, ela teve alta. Porém, três meses depois, a família constatou que o tumor estava a crescer novamente, comprometendo a higiene íntima da menina.
“Nem conseguimos perceber como faz as necessidades. O tumor fechou toda a área genital. Só vemos a urina, por exemplo, a escorrer e ela a chorar por sentir dores”, explicou.
Segundo ele, ultimamente, a medicação que amenizava as dores já não faz efeito, aliás, a tendência do tumor é crescer. “Da última vez que fomos ao hospital, a médica disse que não a podia submeter a mais um tratamento mediante quimioterapia porque está debilitada. Não tem sido fácil ver o sofrimento dela e não poder fazer nada”, disse.
Segundo o pai da menina, a médica que acompanha o caso constatou que a situação agrava-se durante os intervalos em que a menina volta para casa. Sucede que, quinzenalmente, ela era submetida à quimioterapia.
Por que o tratamento é forte, a menina está a ficar debilitada. Enquanto isso, “a ferida que está aberta cresce numa velocidade assustadora”, referiu o pai. Diante disso, a família decidiu buscar ajuda além-fronteiras. Foi na Índia que ouviram a resposta que tanto queriam. A possibilidade de um tratamento que pode ser eficaz para o mal que atormenta Lukeny. Entretanto, depende de avultadas somas de dinheiro.
Trata-se de 1.926.103 Meticais (um milhão e novecentos e vinte seis mil e cento e três), um valor que a família não tem.
“Apelamos a todos para que doem qualquer valor, por menor que seja para que possamos levar a Lukeny à Índia para fazer este tratamento que o país não dispõe”, sublinhou a família. Leia mais…