Participa, desde ontem, na capital africana da fotografia, Bamako, no Mali, na Bienal Africana de Fotógrafos (Reencontres de Bamako).
Mas, antes, franqueou a sua agenda para uma conversa que decorreu na Estação Central dos Caminhos de Ferro de Moçambique, Maputo. Encontrámo-lo orgulhoso e feliz, afinal “é uma honra participar desta bienal. Todo o fotógrafo africano sonha passar por Bamako, e eu não sou alheio a este desejo”, palavras de Mauro Vombe, o fotógrafo que foi modelo.
Sobre a fase das passarelas, mais tarde voltaremos a fazer referência a isso. Por hora, destacamos que Vombe levou para tão importante bienal africana onze fotografias da série “Passageiros”, da colecção “Five Photographers”, feita em tributo ao pai da fotografia sul-africana, David Goldblatt, que, um mês antes da sua morte, fez a seguinte crítica às suas fotos:
“muitos fotógrafos, incluindo alguns de muita fama, fotografaram pessoas em comboios e machimbombos lotados, mas nenhum que eu conheça alcançou a sensação de sobrevivência monumental de que as fotografias de Vombe falam. Elas são absolutamente actuais e para além do tempo. Elas lembraram-me a atemporal fotografia de 1948 de Cartier Bresson, de pessoas em Xangai subindo e empurrando a qualquer custo para chegar ao banco e ao ouro”, fim de citação. Leia mais…