O director executivo da Agência de Desenvolvimento Económico, Policarpo Tamele, indicou que a taxa de desemprego em Moçambique está a atingir proporções alarmantes. É que mais de
trezentos mil jovens, que concluíram o ensino técnico profissional em diversas áreas, incluindo licenciados, não estão vinculados a um posto de trabalho, segundo dados avançados, semana finda, em Maputo, durante a primeira mesa-redonda com os parceiros de cooperação subordinada ao tema “Congregar Esforços e Sinergias em Prol do Empreendedorismo e Advocacia de Políticas.”
Policarpo Tamele instou o Governo moçambicano a criar políticas arrojadas e estratégicas para mitigar o desemprego no país. Para ele, o governo, em parceria com o sector privado, deve reactivar as indústrias, tais como a Riopele, Têxtil, Mabor, entre outras, que outrora absorveram muita mão-de-obra, sobretudo nos distritos, bem como apostar no investimento agrícola e no aperfeiçoamento do empreendedorismo, com vista à criação de auto-emprego. Contudo, de acordo com Tamele, “não basta incentivar os jovens a praticarem agricultura e optar pelo empreendedorismo, enquanto enfrentarem dificuldades para obtenção de crédito bancário, que deverá ser aplicado na aquisição de insumos agrários.”
Por sua vez, Joel Inácio Cossa, director-geral da Majoi Agro-Services, avaliando o encontro, disse esperar que, depois desta primeira mesa-redonda com os parceiros de cooperação, o governo e o sector privado contribuam para o enriquecimento e promoção da atractividade da cadeia de valor agrária para a juventude como fonte de emprego.
“Moçambique possui aproximadamente 36 milhões hectares de terra arável e somente 3 milhões são explorados”, anotou.
