O juiz relevou a sua decisão de terminar o interrogatório ao réu António Carlos do Rosário com o argumento que manifesta e reiterada falta de respeito ao tribunal, mesmo depois de várias advertências.
Depois do intervalo de 15 minutos e perante o pedido de quase todos os advogados, o juiz Efigénio Baptista acabou decidindo por dar mais uma oportunidade ao réu para se defender em tribunal.
Refira-se que António do Rosário insurgiu-se ao ser interrogado pelo assistente, a Ordem dos Advogados de Moçambique, na pessoa do advogado Flávio Menete, sobre as declarações de Imeran no âmbito de um processo autónomo, nas quais este teria dito que foi detido pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal, numa altura em que acabava de levantar num banco 50 milhões de Meticais.
Na sequência e depois de ter afirmado que Imeran tinha sido sequestrado pela Polícia, disse que o assistente, neste caso Flávio Menete, estava a fazer as questões com o objectivo de saber das operações do SISE e não a bem deste processo.
Foi neste contexto que se iniciou uma discussão com o juiz Efigénio Baptista, com este último a advertir para não interromper o tribunal.
No entanto António Carlos do Rosário insistiu que o tribunal devia expulsar o advogado Flávio Menete à semelhança do que fez com Alexandre Chivale, até porque no caso (Menete) é membro das Forças de Defesa e Segurança.
Foram aliás estas palavras que fizeram com que o juiz ordenasse o fim do interrogatório ao réu.
Neste momento o réu está a responder as questões dos advogados da defesa.