Moçambique integra a lista dos países africanos com o mais elevado índice de infecção pelo HIV/Sida, apesar dos investimentos que têm vido a ser feitos para o controlo desta pandemia. Oque está a falhar? Eis a questão colocada, semana passada, aos leitores.
Carla Magaia, estudante, de 19 anos de idade, residente no bairro de Hulene-A, entende que os jovens e adolescentes são os mais infectados, porque dispensam o uso do preservativo no acto sexual.
Para Carla Magaia, o aumento dos casos de infecção pelo vírus causador da Sida deriva, também, da falta de diálogo mais aberto no seio familiar, concretamente entre pais e filhos.
Enquanto isso, Mário Xikwava, vendedor, 49 anos e residente no bairro Maxaquene-B, corrobora com a ideia segundo a qual o aumento de casos está relacionado com a falta de prevenção.
Ele opinou que as mensagens sobre os métodos de prevenção da doença não têm sido abrangentes pelo facto de, no seu entender, a linguagem usada não ser acessível para todas as camadas da sociedade moçambicana. “É por isso que muitas pessoas ainda não têm conhecimento sólido sobre o perigo que o HIV/Sida representa para a humanidade”.
Por seu turno, Raimundo Pascoal, 37 anos de idade, vendedor e residente no bairro Patrice Lumumba, mostrou-se preocupado com o aumento de casos de infecção que se regista no país.
“Fazer o teste e prevenir seria o ideal, mas as pessoas ignoram o perigo da doença”, afirmou.
Para Carla Cuco, 30 anos de idade, comerciante residente no bairro Hulene-B, existe uma fraca divulgação de mensagens sobre a necessidade de prevenção da doença.
“Penso que devia haver uma maior difusão sobre o perigo que representa esta doença, de modo que as pessoas possam compreender. A divulgação sobre os meios de prevenção não se está a fazer sentir”, comentou.