Maria Helena Taipo, antiga ministra do Trabalho, foi condenada a 16 anos de prisão pela 10ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo que vinha julgando o desvio de dinheiro da Direcção de Trabalho Migratório (DTM). Os fundos são resultantes dos descontos efectuados pelos mineiros que trabalham na África do Sul e da cobrança de taxas de contratação de mão de obra estrangeira.
Segundo a juíza da causa, ficou provado que Maria Helena Taipo cometeu os crimes de peculato, abuso de confiança e de participação económica em negócio.
Juntamente com Taipo foram igualmente condenados com a mesma moldura penal Pedro Taimo, antigo responsável do Gabinete do Mineiro, José Monjane, chefe da Repartição de Finanças e Anastácia Zita, então directora da DTM.
Os co-réus De Sheng Zhang, Dalila Lalgy, Alfredo Lucas, Baltazar Mungoi e Hermenegildo Nhatave foram condenados a 12 anos de prisão por peculato, tendo pesado sobre os dois últimos também o crime de falsificação de documentos.
Os condenados terão de pagar igualmente uma multa de um ano, a uma taxa diária de dois por cento do salário mínimo nacional. Solidariamente os réus deverão ainda restituir ao Estado mais de 113 milhões de Meticais desviados da DTM, entre 2013 e 2014.
O tribunal fixou o prazo de 20 dias para que os réus possam recorrer da decisão.
Entretanto, o tribunal absolveu os réus Sidónio Manuel, então chefe do gabinete de Helena Taipo e Issufo Mussona, escriturário da empresa de construção civil sediada em Nampula, Kuyaka Construções.