Oito chefes de Estado e de governo africanos, entre os quais, o Presidente da República, Armando Guebuza vão participar depois de amanhã, terça-feira, no funeral do falecido estadista zambiano, Michael Sata.
Sata, de setenta e sete anos de idade, perdeu a vida num hospital londrino, vítima de doença, no passado dia 28 de Outubro.
Falando à imprensa em Lusaka, o ministro dos Negócios Estrangeiros zambiano, Harry Kalaba, confirmou a presença dos presidentes de Moçambique, Armando Guebuza, do Zimbabwe Robert Mugabe, do Malawi Peter Mutharika, da República Democrática do Congo Joseph Kabila, da Namíbia, Hifikepunye Pohamba, do Quénia, Uhuru Kenyatta, do Uganda, Yoweri Museveni e do Ruanda, Paul Kagamé.
A Tanzânia será representada pelo seu vice-presidente, Ali Bilal, esperando-se igualmente a presença da Presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamin Zuma.
A China, Estados Unidos da América, Japão, Austrália, Seychelles e Sri Lanka vão enviar os respectivos embaixadores e outros oficiais seniores.
Harry Kalaba disse que a presença de altos dignitários significa que Micahel Sata era bastante amado em todo o continente africano.
Após a morte de Sata, emergiram querelas dentro da Frente Patriótica, o partido no poder, sobretudo depois que o presidente interino Guy Scott exonerou Edgar Lungu do cargo de secretário-geral.
A demissão de Lungu provocou alguns tumultos na Zâmbia, mas a situação viria a ser controlada pela polícia, no meio de apelos de várias personalidades para que os zambianos se mantenham calmos e serenos antes e depois do funeral de Michael Sata, como corolário do ambiente de estabilidade que se vive no país desde a proclamação da independência em 1964.
A morte de Sata poderá representar um teste à capacidade organizacional da Frente Patriótica rumo à eleição intercalar para a escolha do novo presidente da República.