O Presidente da República, Armando Guebuza, inaugurou quinta-feira última na cidade de Maputo a nova sede da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) e na ocasião enalteceu o desempenho do Governo e sector privado na melhoria do ambiente de negócios no país.
Segundo Guebuza os avanços registados no ambiente de negócios resultam da parceria entre o Governo e a CTA, através das acções que têm em vista a remoção das barreiras ao crescimento da actividade empresarial em Moçambique. Por essa razão, o Chefe do Estado considerou de justo o regozijo do executivo e privados pela recente subida, de Moçambique em 15 lugares na pauta do Banco Mundial de classificação do ambiente de negócios.
“Este avanço aumenta a nossa auto-estima e eleva a nossa consciência de que podemos e devemos atingir lugares cimeiros na pauta económica”, frisou Guebuza.
O Presidente exortou a todos a seguirem na mesma rota, por um lado, na consolidação dos ganhos alcançados e, por outro, no encorajamento e apoio a todos os envolvidos neste processo, incluindo o Grupo Interministerial criado para a Remoção de Barreiras ao Investimento, na agregação de sinergias para a realização do desiderato colectivo.
Por sua vez, o Presidente da CTA, Rogério Manuel, destacou o facto de volvidos 18 anos de Diálogo Público Privado em Moçambique a instituição já contar com instalações próprias.
Trata-se, segundo a fonte, de condições propícias para trabalho e consequentemente para a melhoria do ambiente de negócios no país.
“Desde a sua criação, em 1996, a CTA tem vindo a influenciar de forma positiva, o processo de reformas económicas a favor do desenvolvimento de negócios e no apoio ao fortalecimento do associativismo empresarial”, referiu Manuel.
Museu das Pescas
Entretanto, no mesmo dia, o Presidente da República, Armando Guebuza inaugurou o Museu das Pescas, que tem por finalidade de eternizar, preservar, a história e os artefactos da pesca secularmente construídos pelas comunidades ao longo dos dois mil e 750 quilómetros de costa e outros tantos de águas interiores.
Segundo Guebuza a experiência dos outros quadrantes indica que os museus nascem e são apetrechados durante anos e anos e só depois abrem as portas ao público, mas no caso do Museu das Pescas decidiram avançar com o que foi possível reunir e ir evoluindo, porque o conteúdo do museu provém do povo e é a ele destinado.
Armando Guebuza, exortou os gestores do museu a criarem condições a fim de contribuírem para a educação da comunidade sobre a actividade pesqueira de modo a atrair mais cidadãos para este trabalho.
“Isso pode permitir que o país sonhe com um futuro em que a pesca e a aquacultura sejam cada vez mais competitivas. Cada vez mais rentável sob ponto de vista comercial, desportivo e recreativo”, disse Guebuza.
Segundo o Ministro das Pescas, Victor Borges, o objectivo principal de contribuir para a salvaguarda do património cultural pesqueiro nacional, traduzido na preservação da história e dos artefactos de pesca secularmente construídos, na promoção da actividade pesqueira e na divulgação dos principais recursos alvos da pesca.
Borges disse que o estabelecimento do Museu representa um investimento de cerca de 150 milhões de meticais aplicados na infra-estrutura física e funcional, nas actividades de colecta de artefactos e formação do pessoal. “Para este desiderato contamos com um financiamento do Orçamento do Estado e da Noruega”, explicou o Ministro.
A Embaixadora da Noruega em Moçambique, Mette Masst, referiu que o apoio ao sector, só nos últimos 20 anos, ronda os 60 milhões de dólares, destes cerca de quatros foram aplicados no projecto do Museu das Pescas.
O Ministro da Cultura, Armando Artur, como parte interessada no processo explicou que o museu foi concebido para retratar o sector das Pescas no país, desde o acervo pesqueiro, até à formação e defesa da promoção do património tangível e intangível. Disse ainda que o museu é um instrumento fundamental para a promoção do turismo sociocultural.