O Governo provincial de Manica esboçou plano que prevê reduzir a desnutrição crónica nas populações em 32 por cento até 2018, contra os actuais 42 por cento, correspondentes a 714 mil habitantes de um universo de 1.7 milhões de residentes daquela província.
O secretário permanente provincial de Manica, António Mapure, disse que esta taxa representa 2.1 por cento abaixo da média nacional. A desnutrição crónica ataca na sua maioria criança com idades que variam de zero a dez anos sobretudo nas zonas rurais.
A fraca alimentação, aliada a alguns tabus predominantes em algumas regiões, são apontadas como sendo as principais causas da desnutrição crónica na província de Manica.
“Existem regiões em que mulheres e crianças não podem comer ovo, por exemplo. Outras são obrigadas a deixar de consumir certos alimentos porque entram em contraste com alguns hábitos da região. Para nós isso é preocupante porque só com uma alimentação adequada e equilibrada é que podemos combater a doença”, disse Mapure.
Para a execução do plano, denominado Plano Estratégico Provincial de Acção para a Redução da Desnutrição Crónica, o governo de Manica vai desembolsar cerca de 92.3 milhões de meticais até 2018.
O plano será operacionalizado através de planos económicos sociais anuais nos vários sectores de actividades. António Mapure defende que o problema de desnutrição não é apenas da responsabilidade do sector de saúde, mas sim envolve todas instituições e outros segmentos da sociedade.
MAIS ÁGUA PARA POPULAÇÃO
Num outro desenvolvimento, o secretário provincial de Manica disse que no pacote das actividades traçadas para o presente ano, o Governo pretende melhorar cada vez mais a rede de abastecimento de água potável à população com a expansão de sistemas de fornecimento e abertura de mais fontes de água, sobretudo nas zonas suburbanas e rurais.
Em toda província estão programadas 3.300 novas ligações de água potável, contra 5.707 realizadas nos anos passados. A redução das ligações este ano, de acordo com o nosso entrevistado, deve-se ao sistema que já se encontra estabilizado porque houve uma campanha de ligações nos últimos dois anos com a entrada em funcionamento do sistema do Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG).
Na cidade de Chimoio estão programadas duas mil novas ligações, enquanto nas vilas de Manica e Gondola poderão ter um total de 1200 ligações. Já nas zonas rurais está programada a construção de 59 novas fontes de abastecimento de água, distribuídas por todos distritos.