A exportação do algodão processado para os países da Ásia, Europa e África poderá render, este anos, ao governo moçambicano, cerca de 100 milhões de dólares. Este valor representa um aumento da receita proveniente deste produtos de rendimento, quando comparado com os resultados obtidos na campanha passada em que foram arrecadados 60 milhões de dólares.
Deste montante, cinquenta milhões de dólares serão entregues aos produtores do chamado ouro branco, no âmbito da comercialização cuja campanha já decorre em todo país. China, Bangladesh, Taiwan, Vietnam Tailândia (Ásia), Maurícias, África do Sul (África) e portugal (Europa) continuam a ser tradicionais mercados do algodão poduzido em Moçambique, segundo deu a conhecer o director do Instituto Nacional do Algodão de Maoçambique, Norberto Mahalambe, durante o lançamento da campanha de comercialização deste produto de rendimento que este ano teve lugar no posto administrativo de Dacata, distrito de Mossurize, em Manica.
Aquele director disse que as contas, que já fazem sorrir quase todos intervenintes da cadeia de produção do algodão, são feitas a partir dos níveis da colheita conseguidos na presente campanha agrícola, cuja estimativa indica para carca de 110 mil toneladas.
Explicou que feita uma comparação com a campanha agrícola anterior em que foram produzidas 67.392 toneladas de algodão, os números demostram haver um crescimento significativo derivado da melhoria de rendimento por hectar.
Aquele director referiu que o país possui oficialmente qualquer coisa como 250 mil produtores e o principal desafio do sector continua a ser assegurar o incremento da produção para alcançar a meta estabelecida em 1500 kilogramas por hectar, bem como aumentar a área por cada unidade, o que significa dizer, dois hectares por cada unidade familiar.
Norberto Mahalambe explicou que concretizado este desejo, os resultados na produção do algodão poderão duplicar, porque feitas as contas por cada famlia estarsea a falar de aproximadamente 500 mil hectares numa única época, representando perto de 750 mil toneladas de algodão carroço.
Sobre a comercialização do algodão, o nosso entrevistado disse estarem asseguradas todas as condições para que a mesma decorra sem grandes sobressaltos. Em relação aos anos passados, Norberto Mahalambe disse que o único contrangimento foi o atraso observado no primeiro ano em que o país registou o pico na produção (2012/13) e este ano, segundo o calendario estabelecido, a campanha deverá terminar no dia 30 de Setembro proximo.
No plano estratégico do sector, referiu existir igualmente um sobprograma de revitalização da cadeia do algodão que começa pela produção até ao acréscimo de valor.
Neste documento considerado de vital importância para produção do ouro branco, estão apontadas medidas que poderão igualmente aumentar o rendimento por área que passa pela ampliação de 30 para 90 mil plantas por hectar e uma colheita e separação de qualidade.
Outra componente circuscreve-se no aumento da produção proveniente do sector comercial e semi-comercial. Norberto Mahalambe explicou que como podese saber, hoje o país conta com cerca de 98 por cento da produção que chega do sector familiar disperso.
Outra pretenção não menos importante é que surjam produtores semi-comerciais, os chamados mais avançados com extensas áreas produtivas incluindo os de grande escala que podem ser dententores de centenas ou milhares de hectares. Estes dois grandes eixos de intervenção poderão permitir que num futuro não muito distante, o país melhore cada vez mais os níveis de produção do algodão.
SECTOR INDUSTRIAL
CADA VEZ MAIS ROBUSTO
Num outro desenvolvimento, aquele director referiu que o governo está trabalhar no sentido de tornar a indústria de processamento de algodão cada vez mais robusta e competitiva. Disse que no que diz respeito ao processamento primário, para além das fábricas existentes, poderá arrancar a construção duma unidade fabril de descarroçamento do algodão.
A referida fábrica será erguida ainda este ano na zona da Cerâmica, na cidade da Beira, província de Sofala. Esta vem juntar-se a recêm erguida fábrica localizada no distrito de Guro, em Manica, que neste momento encontrase em funcionamento.
Concluido este emprendimento, o país passará a contar com 14 indústrias de descarroçamento de algodão, o que representará um ganho para o sector. As fases subsequentes, segundo aquele dirigente, seguem-se a tranformação das sementes para produção de óleo e sabões e está em conclusão a fábrica que irá processar a fibra para o fabrico do fio. Igualmente estão em curso as negociações visando encontrar outros projectos para o corredor da Beira, centro, e Nampula, no norte do país.
Falando num comício popular incerido na cerimónia de abertura da campanha de comercialização do algodão, o viceministro da agricultura, António Limbau, apelou a população a engajarse no trabalho visando combater a pobreza que ainda afecta maior parte da população moçambicna. Referiu lembrou que só trabalhando é que poderemos melhorar as nossas vidas, construindo casas condignas, ter condições básicas, combatendo a fome que também faz parte da pobreza.
Domingos Boaventura