Cerca de três semanas depois de as matrículas da primeira classe terem arrancado, a província de Niassa registou apenas 969 crianças das 87.945 planificad as.A maior parte das escolas andam às moscas, uma situação que começa a preocupar as autoridades provinciais da Educação.
Maria Rosária Subuana, chefe de Planificação na Direcção Provincial de Educação e Cultura no Niassa disse desconhecer as causas que estão por detrás do aparente desinteresse dos pais e encarregados de educação em registar os seus educandos.
Acredita, entretanto, que a fraca afluência dos pais e encarregados de educação esteja relacionado com o “vício” de as pessoas deixarem as coisas para os últimos dias, para além de que, a mudança do período de matrículas de Janeiro para Outubro pode, também, ter contribuído para o retraimento de pessoas aos postos de matrículas.
Outro problema que se pensa estar a influenciar negativamente no processo de matrículas prende-se com a falta de documentos das crianças, nomeadamente cédulas pessoais, entre outros .
A nossa entrevistada assegurou, entretanto que, apesar dos constrangimentos que se verificam, a meta estabelecida pela província vai ser cumprida, mesmo que seja necessário mobilizar equipas móveis para sensibilizar as pessoas nas suas residências ou, então, proceder-se ao registo de crianças onde residem.
“Reconhecemos que este período é reservado para a preparação de campos agrícolas. Mesmo assim, continuamos a sensibilizar para as pessoas levarem as suas crianças às escolas para permitir que sobre tempo suficiente para a preparação das machambas”, afirmou Maria Subuana.
André Jonas
