TEXTO DE BENJAMIM WILSON
BENJAMIM.WILSON@SNOTICICAS.CO.MZ
Algumas comunidades do posto administrativo de Tacuane, distrito de Lugela, província da Zambézia, estão a ser envolvidas na preservação da riqueza ecológica e cultural do monte Mabu, através do programa “Promove Biodiversidade”, iniciado em meados de 2021. O projecto conta com duplo financiamento: o primeiro, orçado em um milhão e quinhentos mil euros, foi disponibilizado pela União Europeia ao consórcio WWF/ ReGeCom/RADEZA, através da Biofund (Fundação para a Conservação da Biodiversidade); e o outro, avaliado em um milhão de dólares, foi desembolsado à ReGeCom (Rede para a Gestão Comunitária de Recursos Naturais) pela Rain Forest Trust.
O monte Mabu, com 1672 metros de altitude, compreende 29 áreas-chave para a biodiversidade (KBA) identificadas no país, com cerca de sete mil hectares de floresta natural. Possui ainda perto de 700 espécies de animais e plantas, muitas delas endémicas, cujo ecossistema, de forma significativa, pode representar a contribuição de Moçambique para a meta estabelecida em Montreal, no Canadá. Durante a COP-15 de 2022, recorde-se, vários países, incluindo Moçambique, acordaram transformar, até 2030, 30 por cento dos seus territórios em áreas de conservação.
Subsistem expectativas quanto à possibilidade de ser finalizada, ainda no decorrer do presente ano, a proposta para formalizar a floresta do monte Mabu como área de conservação. Apurámos que, até 2024, poderá ser formalmente chancelada, visto que os procedimentos documentais estão numa fase adiantada. As KBA são consideradas importantes devido à sua contribuição na conservação da biodiversidade a nível global. Destaque-se que um dos objectivos do Governo passa pela integração da economia verde- -azul na agenda de desenvolvimento. Leia mais…
