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Contrato programa precisa ser realístico

Por admin

O Primeiro-Ministro (PM), Carlos Agostinho do Rosário, recomendou ao Conselho de Administração (CA) da Rádio Moçambique (RM) para elaborar um Contrato-Programa a altura das necessidades, para poder resolver os problemas que emperram o pleno funcionamento.

Falando sexta-feira num encontro com trabalhadores durante a visita que realizou aquela estação emissora, Do Rosário destacou que este instrumento vai definir claramente o que cabe ao Conselho de Administração fazer e o que é da alçada do Governo.
O PM, que disse ser objectivo da sua visita compreender como é que a RM funciona e gere os processos empresariais públicos e em que condições e obter ideias sobre como ultrapassar as dificuldades, foi confrontado com problemas de falta de progressões, enquadramento, tratamento diferenciado, entre outros.
“Vamos elaborar um Contrato-Programa a ser analisado com as Finanças e, depois disso, o Governo estará atento para verificar se o Conselho de Administração (CA) está ou não bem. Temos que colocar o homem feliz bem motivado”, recomendou Carlos Do Rosário.

Ao Conselho de Administração, o PM recomendou ainda a elaboração de um plano com prazos para enquadramento dos trabalhadores, destacando que o Governo exige da RM um programa para a melhoria da gestão dos Recursos Humanos.
“Para a melhoria das condições de trabalho, o CA tem que mudar de ritmo no relacionamento com os trabalhadores. O Governo encoraja os trabalhadores a continuarem firmes na sua missão de levar a mensagem de paz, progresso e unidade nacional aos moçambicanos”, disse Carlos Do Rosário.

O desafio que a RM tem, segundo o Primeiro-ministro, é de lavar o sinal mais além em boa qualidade, o que implica investir na modernização que tem que se ir fazendo ao longo do presente quinquénio.

Confrontado com facto de o valor da Taxa de Radiodifusão cobrado aos cidadãos via Electricidade de Moçambique (EDM) e Autoridade Tributaria ser retido nas Finanças e não chegar a RM, principal beneficiário, o PM disse tratar-se de um problema de gestão que o CA tem que resolver.

“O Governo está disposto a discutir com CA para se encontrar formas de reter o valor, se for necessário, para reduzir o esforço do Executivo em alocar fundos a esta empresa”, disse o PM.

Segundo Do Rosário, a RM, como empresa pública, tem as suas despesas e deve alocar os recursos de forma eficiente e encontrar mecanismos para compensar as receitas vindas do Estado.

“Está clara a missão da RM, de levar a voz de Moçambique aos moçambicanos, levar Moçambique ao mundo e trazer o mundo aos moçambicanos sem fins lucrativos”, sublinhou.

Ao Primeiro-ministro, os trabalhadores queixaram-se ainda do facto de os mais antigos transmitirem experiências em tempo de reforma e pediram formação contínua dos trabalhadores do sector técnico, isenção no pagamento da taxa de radiodifusão e enquadramento dos técnicos superiores.

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