A semana finda foi fértil em revelações surpreendentes sobre a forma escandalosa como as empresas EMATUM, ProIndicus e MAM foram geridas desde a sua génese. Pelo que foi dito pelos declarantes, fica claro que houve mais esforço de endividar o país do que em produzir resultados benéficos.
Os dados que foram tornados públicos pelos declarantes Agi Anlawe, quadro dos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE), afecto à ProIndicus, e por Cristina Matavele, quadro do Instituto de Gestão de Participações do Estado (IGEPE), afecta à EMATUM, são de bradar aos céus. A estes depoimentos juntam-se os de Arlindo Ngale, capitão de Mar e Guerra, formado na antiga União Soviética (URSS) em reparações navais, que tornam mais cristalino que a Privinvest sabia muito bem o que fazia e que o endividamento do país era o objectivo central contando com o infeliz conluio de alguns nacionais.
Agi Anlawe, que tinha a missão de estabelecer o Centro de Comando e Controlo da Zona Económica Exclusiva de Moçambique (ZEE), disse que este devia funcionar na sede da ProIndicus, em Maputo, com a missão de recolher, centralizar, processar e disseminar a informação recolhida dos centros de vigilância a serem instalados.
Disse ainda que o referido centro seria composto por centros de operações de inteligência, de operações marítimas e de dados que devia ser composta por homens e meios como embarcações interceptoras, radares e aviões.
A primeira grande trapalhada com que disse ter lidado foi a demora na entrega dos meios por parte do fornecedor Privinvest, o que terá tornado difícil o relacionamento entre este e a ProIndicus, dona dos equipamentos, e impossibilitado a instalação de todos os centros de radar. Leia mais…
TEXTO DE JORGE RUNGO
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