• Gabinete Central de Combate à Corrupção chamado a intervir
Alguns oficiais da Academia de Ciências Policiais (ACIPOL) puxam os seus galões para se projectarem na candonga, vendendo vagas a candidatos à carreira policial. A recorrência de casos fez soar os alarmes da instituição que já se desfez de alguns prevaricadores, tendo inclusive batido a porta do Gabinete Central de Combate à Corrupção.
Introduzem-se no negócio ilegal a troco de cem mil Meticais por vaga, ludibriam cidadãos e atropelam a lei e a ordem, quebrando o juramento de bandeira.
José Mandra, reitor da ACIPOL, disse ao domingo que os indiciados são a escória de uma instituição que tudo tem feito para promover a transparência na admissão de cadetes que optaram pela carreira superior na Polícia. Sublinhou que há tolerância zero a actos de corrupção, assegurando que já há suspensões e processos na Procuradoria-Geral da República.
OS PRIMEIROS CASOS
Um oficial integrado na ACIPOL contactou um encarregado de educação e exigiu duzentos mil Meticais. O valor serviria para a integração dos seus dois filhos naquela academia.
O reitor da ACIPOL, que evitou mencionar o nome de alguns cadetes e oficiais envolvidos, contou-nos que o valor acertado entre o cidadão e o agente em causa foi na circunstância pago na totalidade, contudo a matrícula não foi consumada porque há pente fino na selecção dos melhores alunos e as manobras fraudulentas têm sido severamente combatidas pelo corpo jurado.