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CABO-VERDIANOS NA MAFALALA: Não deixa (m) a morna morrer…

Por Carol Banze

Quando Jorge Barbosa escreveu sobre “O drama do Mar”, tal imensidão que estava “sempre dentro de nós… cercando; prendendo… pondo rezas nos lábios, deixando nos olhos dos que ficaram a nostalgia resignada de países distantes”; quando o poeta falava da “pobreza da terra cabo-verdiana”, bem patente ficou a tragédia naquele país insular, resultante de condições naturais.
E a história mostrou que, de facto, consequências houve. A emigração para diferentes lugares do mundo foi uma delas. A verdade é que a “vontade de partir, (mesmo) querendo ficar” ou, noutra perspectiva, “este desespero de querer partir e ter que ficar!”, respondia ao que o poeta descrevia como “um convite de toda a hora que o mar nos faz para a evasão!”.
Moçambique, à semelhança de vários países, serviu então de “pátria” para novas gentes que fugiam da crise socioeconómica, e Mafalala, o lendário bairro, um ninho. Aqui se instalaram, aqui ficaram. Formaram uma colónia e recomeçaram a vida. “Delimitaram” o seu mundo, reescreveram a sua história, preservando traços sócio-culturais.
Relatos de si são marcados por lembranças de pedaços de diferentes natureza que ficaram para trás. Em alguns casos, sangue do seu sangue. Sacrifícios foram, portanto, feitos para alcançar o eldorado, numa busca por melhores condições de vida. Leia mais…

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