No quadro das reformas introduzidas para o melhoramento da aviação, as companhias e os operadores são chamados a serem mais proactivos, retirando vantagens das facilidades criadas.
Com efeito, a aviação civil em Moçambique começa a ser desafiada a apostar em segmentos do mercado com elevado potencial para o turismo e carga, uma forma que visa responder à crescente demanda que o nosso país está a conhecer.
É que, presentemente, a maior parte das companhias aéreas estabelece ligações com as capitais provinciais e determinados lugares em detrimento de rotas onde se pratica o turismo e com necessidades de transporte de carga. Ao desafio adiciona-se a importância de se estenderem a diversas regiões do continente.
Destaque-se que o Governo tem estado a promover o transporte aéreo por considerar como um segmento indutor para o desenvolvimento do turismo e dos pólos da economia nacional e regional.
Para responder aos inúmeros desafios que se colocam em relação ao mercado aéreo, foram reclassificados aeroportos e aeródromos nacionais, designadamente de Vilankulo, Pemba, Tete e Nampula, servindo como pontos de entrada ao nível regional. A nova classificação aumentou a qualidade de serviços, como passou a conferir maior conectividade e melhoria no ambiente de negócios.
Estima-se que desde a entrada de novas companhias no mercado aéreo nacional o número de passageiros transportados ascenda um milhão, contrariamente aos cerca de 750 mil processados em 2014, quando operava unicamente as Linhas Aéreas de Moçambique.
O tráfego doméstico registou um crescimento de cerca de 17 por cento em comparação com o registado no primeiro semestre do ano passado.
Entretanto, algumas companhias estão a estabelecer ligações com diversos terminais no país partindo de outras capitais regionais, sobretudo de Joanesburgo, na África do Sul.
Facto positivo é que, no âmbito das estratégias de desenvolvimento da aviação civil, o nosso país acabou por ser retirado da lista negra da União Europeia, na sequência de reformas legais, bem como da ampliação e modernização de infra-estruturas aeroportuárias. Leia mais…
Texto de Benjamim Wilson