TEXTO DE JORGE RUNGO
O Governo moçambicano mostra-se determinado a implementar na íntegra os preceitos legais atinentes à Tabela Salarial Única (TSU), como forma de eliminar várias irregularidades que propiciam a corrupção e criam desigualdades dentro das carreiras profissionais equivalentes, ou entre elas.
Entre os sectores considerados como vulneráveis a tais práticas, destacam-se o das Forças de Defesa e Segurança (FDS), Saúde e Educação que, ao que consta, registam casos de funcionários-fantasmas, discrepâncias salariais e injustiças que comprometem o desempenho eficiente da administração pública.
Por causa disso, o Presidente da República, Filipe Nyusi, chamou a si o dever de alertar a toda a sociedade moçambicana que “o país está a atravessar um momento bastante sensível, onde o Governo, de forma incessante, procura estabilizar e devolver a justiça salarial”.
O Chefe de Estado pediu “a todos os funcionários e a todos os moçambicanos para caminharmos juntos nesta marcha corajosa procurando resolver o problema dos que garantem o funcionamento do Estado”.
Para o efeito, Filipe Nyusi indicou que a correcção das injustiças e diferenças abismais de salários está a ser feita através da introdução de métodos capazes de reduzir e, quiçá, eliminar irregularidades, isto em alusão ao novo sistema de pagamento de salários que passou a abarcar as FDS e que está inserido no âmbito da implementação da TSU.
É que, até então, as FDS tinham um sistema autónomo de pagamento de salários que não permitia visualizar, por via informática, o verdadeiro efectivo dos beneficiários, a sua estratificação por categoriais, entre outros, facto que dava origem ao conjunto de situações enumeradas pelo Presidente da República. Leia mais…