Os funcionários e agentes do Estado da cidade de Maputo manifestaram o seu desejo de ver melhorada a qualidade da assistência médica e medicamentosa por parte do Estado moçambicano pois, e na sua óptica, não se beneficiam das regalias dela decorrente.
Este apelo foi apresentado ao governo moçambicano, por intermédio da governadora da cidade de Maputo, Iolanda Cintura, no quadro das celebrações do Dia Internacional da Função Pública que foi assinalado hoje, quarta-feira.
Naquele evento, os funcionários e agentes do Estado enunciaram que reconhecem o esforço que está a ser empreendido pelo governo para melhorar as condições de vida desta classe trabalhadora, face à actual conjuntura, com particular destaque para a evolução nas carreiras profissionais no que se refere às promoções, progressões e m mudança de carreiras.
“Estes avanços se reflectem nos sectores da Educação e Saúde. Todavia, apelamos que a questão da assistência médica e medicamentosa seja melhorada, pois ainda não nos beneficiamos das regalias dela decorrente”, disse Teresa Ferrão, representante dos funcionários e agentes do Estado, a nível da cidade de Maputo.
Por seu turno, a governadora Iolanda Cintura, recordou aos presentes que a data era assinalada, este ano, sob o lema “Por uma Administração Pública Livre da Corrupção e Assente na Cultura de Paz e bem Servir” e fez apelos para que a classe procure resolver os problemas que mancham o funcionamento da Administração Pública, designadamente comodismo, preguiça, desleixo e falta de transparência.
“Nós repudiamos e condenamos a esse tipo de comportamento de alguns funcionários que desvia o grande objectivo da administração pública que visa prestar serviços de qualidade com base em pessoas honestas e trabalhadoras”, disse Yolanda Cintura.
Num outro desenvolvimento, Cintura referiu-se ao momento actual que o país vive que está a ser ensombrado por uma crise económica, agravada pela prevalência de hostilidades miliares na região centro e alertou para a necessidade de se “pautar pela austeridade no uso dos poucos recursos disponibilizados em cada uma das instituições, sem no entanto colocar em causa o funcionamento da máquina administrativa pública”, concluiu.
Texto de Idnórcio Muchanga