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As instituições não colocam nemum centavo na gestão de arquivos

Por Idnórcio Muchanga

– Leonor Silva, docente universitária e quadro da Direcção do Arquivo Histórico de Moçambique

Numa marcha que acompanha a dinâmica global, a digitalização ou a gestão electrónica de documentos é um assunto que tem merecido a atenção de instituições públicas e não só no nosso país.

Entretanto, no contexto nacional, são ainda apontados problemas de fundo na gestão dos arquivos. O ponto é que “temos documentos de valor permanente em risco de desaparecimento, devido ao seu estágio avançado de degradação, pois não há nenhuma instituição que, ao planificar, coloque lá um centavo para a gestão de arquivos”, afirmou Leonor Silva, docente universitária e quadro da Direcção do Arquivo Histórico de Moçambique, durante a sua apresentação na XII Semana de Comunicação, evento organizado pela Escola Superior de Jornalismo (ESJ), enquadrado nas comemorações dos seus 15 anos de existência.

Silva destacou que “há carência de recursos de todos os tipos nas instituições e os arquivos ficam para o último plano”. Com efeito, “para a compra de estante é necessário ajoelhar; para a compra de caixas, pastas é necessário ajoelhar. Em contrapartida, temos instituições que no dia 7 de Abril desembolsam dinheiro para a compra de capulanas, mas os seus arquivos não têm pastas. Afinal o que é prioridade nisto?”, questionou. Leia mais…

TEXTO DE CAROL BANZE
carol.banze@snoticicas.co.mz

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