A narrativa começa em 2004 e apontava para um desfecho com sombras. Tudo se resumia em “resultados encorajadores” do maior ensaio clínico de segurança e eficácia de uma vacina da malária em África, a ser lançada pela prestigiada revista The Lancet e tinha Moçambique no rodapé.
“LONDRES. 15 de Outubro de 2004. Num estudo de prova de conceito a ser publicado esta semana na revista The Lancet, investigadores reportam que o produto candidato à vacina da malária RTS, S/ASO2A protegeu, por pelo menos seis meses, uma percentagem significativa de crianças contra malária não complicada, infecção e mesmo formas severas da doença. Este, que é o maior ensaio clínico de eficácia de uma vacina alguma vez conduzido em África, também reconfirmou a segurança do produto em crianças de 1 a 4 anos de idade. Estudos adicionais de eficácia serão necessários antes de se considerar a hipótese de licenciamento”, escreveu o domingo em 2004.
Citando fonte do Ministério da Saúde, o nosso semanário acrescentava há vinte anos: “O ensaio randomizado, controlado e duplo cego envolveu 2022 crianças no sul de Moçambique e foi levado a cabo pelo Centro de Investigação em Saúde de Manhiça. A GlaxoSmithKline (GSK) Biológicos e a Iniciativa para Vacinas da Malária (MVI), da PATH, co-financiaram o ensaio que foi aprovado pelo Ministério da Saúde de Moçambique”. Leia mais…
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