A eclosão do surto da cólera, nos finais de Março último, fez soar um alerta em Ressano Garcia, distrito de Moamba, província de Maputo.
Há informações segundo as quais o rio Incomáti, principal fonte de água para os 17.490 habitantes da vila, está contaminado. Até aqui, não se sabe ao certo o que pode estar a tornar o Incomáti um foco de problemas. Mas há certeza de que a tonalidade escura da água contrasta com o estado de alguns anos, segundo relatam os moradores.
Mediante este dilema, a população atira a culpa ao porto seco dos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), instalado há pouco mais de dois anos nas margens do rio. Contudo, um facto está aos olhos de todos: o lixo depositado pelos próprios moradores, que entope os canais de escoamento das águas pluviais e, posteriormente, desagua no rio. E como se não bastassem tantas hipóteses, há quem diz que a água já vem contaminada da África do Sul.
Uma fonte da Saúde local revelou, numa conversa informal com o domingo, que foram registados três óbitos e que, diariamente, dezenas de cidadãos dão entrada ao hospital com queixas de vómitos e diarreia. Este quadro deixa aquele ponto da província de Maputo sob alerta. Até quarta-feira da semana finda dezasseis pacientes encontravam-se em observação na unidade sanitária local devido à cólera. Leia mais…
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