Estudos da Organização Mundial de Meteorologia, indicam que 2023 foi o ano mais quente desde o período pré-industrial (1850-1900), com a África a aumentar 1,45°C da temperatura média.
Em 2023, ondas de calor intenso resultaram em incêndios florestais, morte de 34 pessoas, e evacuação de 1.500 pessoas na Argélia e mais de 24 milhões de pessoas na Africa Austral enfrentam fome, desnutrição e escassez de água devido a seca.
A informação consta da mensagem que o Presidente da República, Filipe Nyusi, endereçou aos Chefes de Estado e de Governo das 54 nações filiadas à União Africana por ocasião da passagem do Dia Mundial de Combate à Desertificação e Seca.
Na mesma, Filipe Nyusi aponta que a seca e progressão da desertificação em África provocam imigrações em massa devido à fome e insegurança alimentar, um cenário que pode ser revertido, pois juntos podemos criar um legado promissor para as futuras gerações face às mudanças climáticas.
“Neste contexto, apraz-me agradecer a todos os que realizam projectos de combate à seca e desertificação, tal como a inspiradora iniciativa da Grande Muralha Verde, na África Subsaariana que mostra que os governos e povos africanos podem investir no combate à seca e desertificação, através da restauração ecológica”, indica.
Na mesma senda, refere que esta iniciativa está a criar um cinturão verde de 8000km de comprimento e 15km de largura em mais de 20 países do deserto de Sahara, desde Dakar, a Djibouti.