Quando desembarco no Aeroporto Internacional de Hanói tenho os nervos em franja. A ansiedade causa-me taquicardia. Belisco-me. Sou eu mesmo?! André Matola?! Estou no Vietname?!. Parece magia!!!
Imagens cinematográficas de soldados vietnamitas e americanos batendo-se nas matas, na selva, nos penhascos, nos arrozais, nos rios, nas montanhas, nas pontes de Vietname povoam-me a mente.
Semicerro os olhos e vejo vietnamitas brotando do chão, como se fossem cogumelos, com aqueles chapéus em forma de cone na cabeça, com AK-47 nas mãos, sempre a avançar, ora correndo, ora aos pulos soltando pequenos gritos e os soldados americanos defendendo-se como podem no cumprimento do seu dever encharcaram-me o cérebro.
Fruto da leitura de romances lidos noutros tempos, emergem na mente imagens de helicópteros (os temíveis Apaches), espingarda de repetição, vulgo espera pouco, bombas de fragmentação, aldeias varridas por força dos bombardeamentos, armadilhas mortais feitas de cordas de sisal e paus pontiagudos que içam homens e perfuravam a pele e carne, provocando morte imediata, obuses, minas antipessoal, metralhadoras, tornaram-se nítidos no meu subconsciente. Leia mais…