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Turquia ameaça juntar-se à China e Rússia contra o Ocidente

Por Idnórcio Muchanga

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, avisou, semana passada, que o seu país vai candidatar-se a membro da Organização de Cooperação de Shanghai (OCS), uma organização que alberga as duas maiores ameaças aos interesses do Ocidente – a China e a Rússia. O aviso de Erdogan foi feito depois de este ter participado numa cimeira da OCS, no Uzbequistão, num evento em que os meios de comunicação turcos citam o presidente a indicar que a próxima cimeira da organização, a acontecer na Índia em 2023, será o momento oportuno para discutir a possibilidade de adesão. O pronunciamento de Erdogan pode ser visto, por um lado, como uma ameaça, ou pressão, para que os aliados ocidentais da Turquia façam concessões às exigências de Ancara e, por outro, como a materialização da máxima de que “em relações internacionais não há amigos e nem inimigos, o que contam são os interesses”.

A OCS é uma organização intergovernamental fundada em Junho de 2001, em Shanghai, na China. Ela é, na verdade, sucessora dos Cinco de Shanghai, um conjunto de cinco países (China, Rússia, Quirguistão, Tajiquistão e Cazaquistão) que, em 1996, estabeleceram uma plataforma regional com o objectivo de “construir a confiança mútua entre os Estados/Membros, desarmar as regiões fronteiriças e incentivar a cooperação regional”. Nas cimeiras que se realizaram entre o surgimento da plataforma até o ano 2000, os Estados-membros estabeleceram consultas mútuas de modo a aumentar a segurança na região fronteiriça, bem como sobre questões políticas, económicas e de segurança. Leia mais…

Por Edson Muirazeque *
edson.muirazeque@gmail.com

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