Primeiro num paciente na Alemanha e agora num paciente inglês, um tratamento com células estaminais parece ter “limpado” o vírus da sida. Especialistas crêem que esta descoberta pode ser o caminho para uma cura do vírus da imunodeficiência humana, que já matou mais de 35 milhões de pessoas desde a sua descoberta, em 1983.
Foi diagnosticado com HIV em 2003 e em 2012 com linfoma de Hodgkin, um cancro do sistema linfático. Em 2016, estando em risco de vida, foi submetido a quimioterapia e a um transplante de medula óssea de um dador resistente ao HIV. Tanto o cancro como a infecção viral entraram em remissão: há 18 meses que não toma medicamentos para o HIV e o vírus está indetectável.
“Não conseguimos encontrar qualquer traço do vírus. não detectamos nada,” diz o virologista Ravindra Gupta, do University College de Londres e um dos responsáveis da equipa que tratou o homem ‒ conhecido como “o paciente inglês” ‒ ao Guardian. Gupta descreve o homem como “funcionalmente curado” e “em remissão”, mas adverte: “É muito cedo para afirmar que está curado.”