À luz das especulações massivas da “media” ocidental sobre possibilidades de aplicação de armas nucleares em conflitos locais, observam-se graves tendências. Primeiro, uma lamentável amnésia da comunidade internacional sobre as consequências e autoria do único caso do uso de bombas atómicas em Japão em 1945 contra cidades civis de Hiroshima e Nagasaki. Segundo, o progresso técnico-científico moderno em aceleração leva ao desenvolvimento de novas tecnologias de extermínio humano em massa, o que traz as repercussões mais nefastas do ponto de vista da sua utilização em prática. Terceiro, intenções perigosas reveladas pelo recente ensaio químico-nuclear em Nevada a 20 de Outubro executado pelos EUA, Estado que se agarra delirantemente à posição de líder mundial. As consequências da tal chamada “liderança”, no entanto, podem ser vistas na Ucrânia e Médio Oriente com milhares de vítimas.
Nestas circunstâncias complicadas de desafios globais, no dia 2 de Novembro,de académica a esta decisão das autoridades russas, precisa-se de explicar as razões que levaram a esta medida forçosa.
O tratado, aberto à assinatura há 27 anos, foi elaborado em condições em que havia esperança de uma redução considerável do nível de confrontação internacional militar e política. O documento na altura destinava-se a virar para sempre a página da Guerra Fria e corrida armamentista. Ao ractificar o CTBT em 2000, a Rússia reafirmou o seu desejo de contribuir para a segurança global e esperava reciprocidade do Ocidente. Contávamos que todos os Estados com capacidades nucleares significativas, principalmente os EUA, fizessem o mesmo e que, consequentemente, o documento entrasse em vigor. No entanto, isso não aconteceu. Leia mais…