TEXTO DE JORGE FERRÃO*
O Almirante Vasco da Gama, das epopeias dos descobrimentos, foi dos primeiros navegadores a amarrar por estas ilhas, no distante 1502. Baptizou-as como a ilha do Almirante. Espécie de auto homenagem. Porém, não deixou ficar nem marcas físicas, muito menos, morais ou de outra natureza.
Erroneamente, acreditou, que a ilha não dispunha de água potável. Não tardou, que endiabrados franceses, mais lestos e assertivos, tivessem atracado nas mesmas ilhas. Assumiram, nem de propósito, como suas, determinaram seu domínio, estruturaram a nomenclatura. Nenhum outro explorador ousou alterar, nem mesmo os ingleses, tanto nome dessa colonização.
Vasco da Gama equivocou-se penosamente. Hoje, esse paraíso coralino não só não faz parte da epopeia portuguesa, como não tem nomes e nem língua portuguesa.
Chegaram à independência em 1976 e acreditam que a revolução moçambicana os inspirou. Ao virar as costas às 115 ilhas, com a Mahé como a maior ilha, 27 quilómetros (km) longitudinais por sete de largura, os descobrimentos não ignoraram o conceito do paraíso de Éden. Essa narrativa bíblica do paraíso imaginado, que ninguém ousou conhecer, mas sabemos da sua existência. Leia mais…