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Projecto energético Russo-Alemão incomoda EUA

Por Idnórcio Muchanga

A disputa pelo mercado de gás natural ameaça quebrar a aliança germano-americana. Informações da Casa Branca apontam para a aprovação do orçamento de defesa para 2020 pelo Senado dos EUA no dia 17 do corrente mês. Dentre várias despesas, o orçamento aprovado prevê despesas com sanções ao gasoduto Nord Stream 2 e ajuda militar à Ucrânia. Quem toma conhecimento de tal informação põe-se logo a querer perceber o que é Nord Stream 2?

Nord Stream 2 é um projecto de construção de um segundo gasoduto de duas linhas, que vai transportar o gás natural da Rússia para a Alemanha e Áustria, e prevê-se que comece a operar em 2020. Antes, foi construído o Nord Stream 1 que está operacional desde 2012. Ambos Nord Streams têm a Gazprom, empresa estatal russa, como maior accionista. Quando os dois Nord Streams estiverem operacionais transportarão 55 bilhões de metros cúbicos de gás natural da Rússia para Alemanha anualmente. Estes gasodutos tiveram sempre a oposição dos EUA sob o argumento de que essa relação (Alemanha-Rússia) punha em perigo a cooperação União Europeia-EUA, porque a UE passaria a ser dependente de gás russo.

O argumento da dependência em relação à Rússia é válido e a Alemanha não teme essa dependência, porque está a procura de um fornecedor fiável de energia menos poluidora para manter a sua economia em ritmos acelerados de desenvolvimento. E porque a sociedade europeia está, hoje mais do que nunca, mais atenta a questões ambientais, a Alemanha tem sido obrigada a abandonar o carvão mineral, que por muitos anos foi o seu combustível para a produção industrial. Hoje, o gás natural apresenta-se como recurso energético mais recomendável, porque menos contestado e, por essa via, não repele os consumidores ambientalistas. Leia mais…

Por Paulo Mateus Wache*

PWache2000@yahoo.com.br

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