A Polícia da Etiópia encontrou, semana finda, uma vala comum com pelo menos 200 corpos perto da fronteira entre as regiões Somali e Oromia, informou a televisão estatal (FANA).
A vala foi achada durante uma investigação sobre supostas atrocidades cometidas pelo antigo administrador chefe da região Somali, Abdi Mohamud Omar.
As autoridades tentam agora descobrir a identidade dos mortos.
Abdi Mohamud, obrigado a renunciar ao cargo no último dia 6 de Agosto, foi detido semanas depois, na sua casa, em Adis Abeba, quando uma espiral de violência étnica explodiu na região de Ogadén.
À espera de julgamento, o ex-líder regional, que comandou a conhecida milícia policial de Liyu, está a ser acusado de tortura e assassinato, além de incitação à violência étnica durante os 13 anos do seu mandato.
Os confrontos étnicos entre as regiões etíopes de Oromia (sul) – lar do grupo étnico maioritário do país – e Somali (leste), a região maior, aumentaram no final de 2017.