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O diálogo coreano a caminho da 3.ª cimeira

Por Idnórcio Muchanga

Quando eclodiu a guerra entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte em 1950, Harry Truman, então presidente dos Estados Unidos de América (EUA), estava convencido que era obra da União das Republicas Socialistas Soviéticas (URSS). Segundo Truman, a URSS queria que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) deslocasse as suas forcas para a Península Coreana desguarnecendo assim a Europa Ocidental, o que conduziria a derrota nas duas frentes.

 

O medo da derrota prendia-se com o facto de a OTAN não possuir, na altura, efectivos militares para combater em duas frentes. Esta leitura estratégica de Truman fazia sentido no contexto da Guerra Fria, ademais a URSS tinha conseguido inventar a bomba atómica em 1949, quatro anos depois do lançamento das bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki pelos EUA. Esta posse, pelas duas superpotências, de armas de destruição maciça estabeleceu o que ficou conhecido por Equilíbrio de Terror.

A guerra da Coreia (1950-1953) foi por isso uma dentre várias manifestações das disputas geopolíticas entre os EUA e seus aliados que apoiavam a Coreia do Sul e a URSS e a China que apoiavam a Coreia do Norte. Volvidos 65 anos apos a assinatura do armistício do fim da Guerra, sem nenhum tratado de paz, os EUA (sem os seus aliados) e a China (sem a Russia) continuam engajados na Península Coreana. Apesar destas alianças da Guerra Fria estarem relativamente activas EUA-Coreia do Sul versus China-Coreia do Norte, as duas Coreias estão a emitir, para o mundo, sinais tangíveis de vontade de acabar com o conflito mal resolvido através de cimeiras inter-coreanas.

Por Paulo Mateus Wache*
PWache2000@yahoo.com.br
 

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