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Nações Unidas continuam a ser um palco de contacto diplomático mais do que de resolução de conflitos

Por Jornal domingo

– Paulo Wache, Professor de Relações Internacionais da Universidade Joaquim Chissano e analista de política internaciona

TEXTO DE ANDRÉ MATOLA

FOTOS DE INÁCIO PEREIRA

O mundo está em reboliço. Guerra no Sudão, guerra na Etiópia, guerra na Ucrânia, guerra na Palestina, por um lado. Por outro, é notória a emergência da China e Rússia como grandes potências mundiais e com influência crescente a nível geopolítico e geoestratégico em competição com os Estados Unidos da América. Para tentarmos compreender as motivações do actual cenário internacional, ouvimos Paulo Wache, doutorado em Relações Internacionais e docente da Universidade Joaquim Chissano (UJC).

Eis os extractos mais significativos da conversa.

À luz das guerras que estão a acontecer, não estaremos diante do falhanço das Nações Unidas (ONU), sendo ela uma organização internacional que visa prevenir e dirimir conflitos?

Estamos, sim, diante dessa situação. As Nações Unidas, quando as grandes potências têm interesses, é disfuncional, mas é funcional quando os interesses das grandes potências são retirados. O exemplo de Moçambique é parte disso. A questão da ONUMOZ mostra que quando as grandes potências se apartam do assunto é possível resolver alguns conflitos. Leia mais…

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