Em democracias liberais, as eleições são um indicador importante na gestão do estado porque através delas é possível materializar a alternância do poder. Elas, as eleições, devem ser livres, justas, transparentes entre outros adjectivos intangíveis, mas sacrossantos para mentores da democracia liberal. Contudo, entre os estados democráticos há, por um lado os democratizadores (Ocidente) a maior parte deles eram colonialistas, e por outro lado, os democratizados ou seja forçados pelo Ocidente a serem democráticos. Nesta categoria cabem quase todos os estados que surgiram do processo da descolonização, depois da Segunda Guerra Mundial.
Para o caso de África, a democratização tomou um cunho obrigatório com o fim da Guerra Fria ou fim da história como diria Fukuyama (1989) e consequente vitória do liberalismo. Um facto prontamente reconhecido por Huntington (1991) que tratou de designar a década de 1990 como a década da terceira onda da democratização. Uma democratização que na realidade tinha e tem o Ocidente como democratizador e os estados africanos, em muitos casos, como democratizandos, e, nalguns casos, como democratizados. Os estados africanos que rapidamente se mostraram bons discípulos receberam a cenoura (carrot) em forma de ajuda externa mormente financeira. Aos maus alunos coube-lhes a sorte de receberem o pau (stick) em forma de sanções económicas e mais recentemente, a partir de 2005, estão em voga as sanções direccionadas (Targeted Sactions).