Com apelos ao desbloqueamento de fundos pelas Nações Unidas, a Guiné-Bissau arrancou com o processo de recenseamento com “kits” vazios, portanto, sem equipamento biométrico para o processo, o que mina a própria data de 18 de Novembro a que as legislativas estão convocadas.
Numa declaração à imprensa, realizada na sua sede em Bissau, a porta-voz da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau (CNE), a juíza Felisberta Moura Vaz, afirmou que a “CNE continua preocupada com os sistemáticos atrasos e ou adiamentos verificados no desbloqueamento de fundos para fazer face às diferentes situações e responsabilidades que lhe são próprias e inadiáveis
A juíza referia-se à instalação e funcionamento das Comissões Regionais de Eleições e à aquisição de “meios logísticos indispensáveis ao exercício pleno da sua função de supervisão do processo de recenseamento eleitoral”.
Perante a falta de financiamento, a CNE solicitou ao Governo o “desbloqueamento com carácter de urgência de fundos requisitados pela Comissão Nacional de Eleições, relativa à primeira tranche, deliberado em reunião do Conselho de Ministros do passado dia 13”. Na declaração, a CNE exortou também a comunidade nacional e internacional, de que se “continuarem a persistir dificuldades no desembolso dos meios indispensáveis em tempo útil”, o cronograma eleitoral pode ser posto em causa e “indesejavelmente comprometer à data das eleições”.
Na declaração à imprensa, a porta-voz disse também que a “CNE se reserva ao direito de declinar todas as responsabilidades delas decorrentes”.