O alegado caso entre François Hollande e a actriz Julie Gayet está actualmente no auge, mas o Presidente francês não foi o primeiro (nem deverá ser o último) a protagonizar um escândalo amoroso.
O alegado caso amoroso entre François Hollande e a actriz Julie Gayet foi revelado na noite de 9 de Janeiro no site da “Closer”, que chamava a atenção para o especial que a revista iria publicar no dia seguinte.
Até hoje, o Presidente francês não desmentiu os factos apresentados, tendo-se limitado a manifestar indignação pelo facto de a publicação estar a invadir a sua vida privada.
A companheira do Chefe de Estado, Valérie Trierweiler, deu entrada no hospital logo no dia seguinte, com um esgotamento nervoso e só no sábado passado (18) teve alta. A sua alegada amante, Julie Gayet, decidiu processar a revista “Closer” e pedir uma indemnização de 50 mil euros por danos e 4 mil euros em custas judiciais, alegando que o artigo em causa viola a legislação francesa de protecção da privacidade.
François Hollande nunca foi casado. Teve uma relação longa, de quase três décadas, com Ségòlene Royal, candidata socialista às presidenciais francesas em 2007 (que perdeu para Nicolas Sarkozy), com a qual tem quatro filhos. Estava separado há seis meses, logo depois de ela perder as eleições, quando Valérie Trierweiler, jornalista, mãe de três filhos, anunciou durante uma entrevista que estava com Hollande.
O divórcio de Nicolas Sarkozy
Nicolas Sarkozy já era Presidente da França quando, em 2007, se divorciou de Cecilia Ciganer-Albéniz. Ela acompanhara-o durante a campanha presidencial, mas no dia de ir votar, em Maio, não apareceu. Em Outubro, um comunicado lacónico anunciava o divórcio e garantia que este era “por acordo mútuo”, após 20 anos de união e 11 de casamento. Curiosamente, os dois tinham-se conhecido quando ele era presidente da Câmara de Neuilly e celebrou o casamento de Cecília com Jacques Martin, um apresentador da TV francesa. A 2 de Fevereiro de 2008, com quem ainda hoje está e de quem tem uma filha.
O caso Bill Clinton – Mónica Lewinsky
Foi um dos casos extraconjugais de um presidente em exercício mais falado de sempre. Em 1998, Bill Clinton quase perdeu a presidência dos Estados Unidos devido à relação com Monica Lewinsky, uma estagiária da Casa Branca com 22 anos. O presidente começou por desmentir o romance, mas as provas encontradas eram irrefutáveis e Clinton foi obrigado a confirmar que mantivera uma relação imprópria com Lewinsky. A mulher de Clinton, Hillary Clinton, manteve-se, apesar de tudo, a seu lado e ainda hoje estão casados.
Os casos Silvio Berlusconi
Ao fim de 30 anos de casamento, em 2009, Verónica Lario pediu o divórcio a Silvio Berlusconi. Alegadamente, estava cansada do comportamento mulherengo do marido, que era então primeiro-ministro da Itália. Só três anos depois, com um acordo entre ambas as partes – em que ela recebe três milhões de euros por mês –, é que o caso chegou ao fim. Terminou também uma longa guerra judicial que começou oficialmente em Maio de 2009, quando Veronica Lario, mãe de três dos cinco filhos do ex-primeiro-ministro italiano, escreveu uma carta à agência noticiosa Ansa em que declarava publicamente que o marido estava “doente”, por conviver e frequentar festas com raparigas menores de idade.
Mulher e filhos expulsos de residência
Carlos Menem, que foi presidente da Argentina entre 1989 e 1999, esteve ligado a vários escândalos durante os seus mandatos. Quando assumiu a presidência era casado com Fátima Zulema Yoma, uma síria-argentina que conheceu em 1964 numa viagem à Síria e com quem contraiu matrimónio dois anos depois. O divórcio concretizou-se em 1995, mas já antes havia problemas bem conhecidos: em 1991, Menem expulsara a ainda mulher e os filhos da residência presidencial. Além disso, o presidente terá tido um romance com Martha Meza (que se suicidou em 2003) e seria o pai do filho dela: Carlos Nair, que durante anos pediu o reconhecimento da paternidade. Algo que nunca aconteceu.