A circulação de informação objectiva sobre o que acontece no mundo é determinante para a manutenção da relevância e responsabilidade da comunicação social no mundo contemporâneo.
Este foi um dos pontos de destaque na intervenção, há momentos, do Presidente russo, Vladimir Putin, na abertura da sessão plenária do Fórum económico e humanitário Rússia-África, que decorre até amanhã na cidade de São Petersburgo, cerca de 600 km da cidade de Moscovo.
Segundo Putin, a Rússia e África precisam de ter um espaço comum de informação, onde seja possível produzir e veicular informação responsável sobre o que acontece, e não o que interessa algumas perspectivas.
Sobre esta perspectiva, o Presidente Russo manifestou a disponibilidade do seu país de apoiar os países africanos a desenvolverem capacidades a nível da comunicação social, apontando como exemplo a presença em alguns pontos do continente, de representações da Agência Russa de Informação, TASS.
Por seu turno, o Patriarca de Moscovo e líder da Igreja Ortodoxa russa, Vladimir Gundyayev (Cirilo I), reconheceu, na sua intervenção, que a maioria dos africanos não concorda com a tendência de legalização, nalguns países do ocidente, de vários males que configuram aberrações e até pecados nalgumas realidades do continente.
“É preciso cooperar respeitando as diferenças. Infelizmente nem todos os países estão preparados para aceitar a nova realidade. A comunicação social tem um papel a jogar neste contexto, cumprindo a sua missão de informar sobre o que acontece, com respeito e responsabilidade”.
O Presidente da União das Comores, Azali Assoumani, que interveio na qualidade de Presidente da União Africana, referiu que a cimeira é o palco de que a Rússia e África já precisavam para expor o que de melhor podem fazer juntos, com vantagens mútuas e respeito pela soberania de cada país.
Ainda na sessão plenária da Cimeira de São Petersburgo também falou a ex-Presidente brasileira, Dilma Rousseff, que agora preside o Novo Banco Desenvolvimento (NDB), o chamado Banco dos BRICS. Segundo sua perspectiva, o mundo, e sobretudo África, não pode continuar a viver a leste do que acontece por falta de informação.
Considerando que a missão do banco que dirige é “viabilizar o desenvolvimento económico dos países membros”, Dilma destacou que sem desenvolvimento o mundo jamais poderá cooperar e compartilhar com justiça a riqueza de que dispõe.