TEXTO DE ANDRÉ MATOLA
ANDRE.MATOLA@SNOTICICAS.CO.MZ
FOTOS DE CARLOS UQUEIO
Mais de uma década depois, voltei a Paris. Para lá chegar, nos aeroportos de Addis-Abeba e Charles de Gaulle o mesmo ritual em voga desde os tristes acontecimentos de 11 de Setembro de 2011. Tira cinto, põe cinto. Descalça sapatos, calça sapatos. Frascos de dimensão superior a 100 ml (perfumes, loções e cremes) não têm escapatória. Vão parar ao cesto de lixo. A distracção paga-se caro.
Há dez anos, o viajante, ao desembarcar no Aeroporto Charles De Gaulle, era bafejado por uma pilha de jornais e revistas de distribuição gratuita colocados em um cem número de quiosques. Infelizmente, esta realidade mudou. Apenas uma e outra revista estão disponíveis. É o digital a atropelar o impresso. Moral da história: quem quiser se informar à chegada tem de comprar, por exemplo, o “Le Parisien”, “Le Figaro”, “Le Point”, etc., etc..
Se antigamente quer no metro, quer no autocarro quase todos os passageiros tinham os olhos grudados em livros, agora têm-nos presos aos smartphones ou iphones. Se não teclam correm as fotos, de cima abaixo, enquanto nos lábios lhes nascem leves sorrisos. Outros fatigam-se em selfies. Os livros, humm…, estão a perder seguidores, assim como acontece por cá. Leia mais…
