Um ano depois de Abiy Ahmed, Primeiro- -ministro de Etiópia, ter iniciado uma guerra evitável, os sinos anunciam o seu desespero. Um recuo temporal mostra que Abiy Ahmed tomou uma série de medidas que foram vistas, pelo Governo regional liderado pelo partido Tigray People’s Liberation Front (TPLF), como uma tentativa de centralização do poder e destruição do Sistema Federal.
Dentre as medidas de Abiy destacam-se: (i) a liberalização política que resultou na dissolução do Partido Etiopian People’s Revolutionary Democratic Front (EPRDF), que agregava quatro partidos políticos, a saber: Tigray People’s Liberation Front, Amhara Democratic Party, Oromo Democratic Party e Southern Etiopian People’s Democratic Movement. Em substituição da EPRDF, Abiy criou, a 1 de Dezembro de 2019, o partido The Prosperity Party. (ii) a resolução das disputas territoriais com a Eritreia, o que lhe valeu o Prémio Nobel da Paz, (iii) a suspensão do financiamento ao governo regional do Tigray por ter desafiado o Governo central, ao realizar eleições regionais a revelia e (iv) o início da Guerra a 3 de Novembro de 2020 sob o pretexto de que as forças do TPLF tinham atacado as bases militares e roubado armas. Leia mais…
Por Paulo Mateus Wache*
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