
Um Mia sempre interventivo, retoma a temática da guerra colonial e suas particularidades, passa pela discriminação, racismo, suicídio, homossexualismo, revive a Polícia Secreta (PIDE), o massacre de Inhaminga que acredita que é dos poucos conhecidos na história recente do país e declara: “somos artistas e especialistas em esquecer, em abraçar o pacto de silêncio sobre diversos acontecimentos da nossa história”.
Seguem excertos da entrevista sobre a obra que vai ser lançada no Brasil em finais de Fevereiro de 2021.
Mia, como é que descobre o gosto pela escrita?
Acho que nunca descobri, ele nasceu comigo, porque todos nós, os três irmãos, herdámos esse gosto de usar a escrita como uma linguagem, fala. Somos filhos de um poeta que não só nos colocava em contacto com o livro, mas na vida dele, o exemplo que dava, a maneira como vivia. Houve um momento que pensei que quando as pessoas crescessem todas se tornavam escritoras, porque os amigos do meu pai eram escritores, jornalistas, e vinham em casa e aquele era o mundo que eu conhecia. Então pensava: quando crescer vou ficar assim, também. Não houve um momento em que descobri ou que tinha a intenção de ser escritor.
Podemos assumir que foi natural...
Sim, sim...
Tem uma coluna de crónicas no jornal Visão. O nome é “Mapeador de Ilhas”. O seu novo romance é “O Mapeador de ausências”. Há algum paralelismo? Leia mais...
TEXTO DE PRETILÉRIOMATSINHE
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