Redacção
Há cada vez mais sinais que indicam que a paz efectiva em Moçambique está próxima, se se atender ao facto de estarmos praticamente há um ano sem tiros que, vezes sem conta, perturbavam a circulação de pessoas e bens, prejudicando em última análise a economia e a vida dos moçambicanos. O clima de tranquilidade que se vive no país mostra que o tratamento cordial que sempre se exigiu entre os moçambicanos, afinal, é possível sem que para tal seja necessária a interferência de estrangeiros.
A experiência de usar mandatários no diálogo para a paz foi um grande aprendizado, sobretudo, porque depois das várias rondas de conversações serviu para os dois líderes entenderem que, afinal, eles é que são as peças-chave em todo o processo de busca da paz efectiva em Moçambique.
As rondas negociais do Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, para além da aproximação de ideias, foram também úteis porque apelaram para a necessidade de, quer de um lado, quer do outro, se despirem de todos os preconceitos que os impedia de identificar a principal causa da diferença e trabalhar para supera-la. Em cerca de um ano de conversa directa e franca conclui-se que, afinal, é possível devolver a tranquilidade aos moçambicanos sem a qual não poderão empenharem-se na produção.