Apesar da greve declarada pela Associação dos Médicos de Moçambique (AMM), e iniciada na passada segunda-feira a nível nacional, doentes em diversas unidades sanitárias da
província de Manica afirmaram que estavam satisfeitos com a forma como o sector da Saúde naquela parcela do país desenhou o seu plano de emergência.
Nas cinco unidades sanitárias da cidade de Chimoio, apesar da ausência de alguns médicos que aderiram à greve, os serviços a todos os níveis estão assegurados e a população foi atendida normalmente.
A província de Manica tem 40 médicos, dos quais 23 são nacionais e os restantes estrangeiros. Doze médicos nacionais aderiram à greve logo no primeiro dia. Até na passada quarta-feira, quatro dos grevistas já se haviam apresentado nos seus postos de trabalho e oito mantinham-se em greve.
Apesar disso, a “máquina” não parou e era notável a movimentação de pacientes à procura de cuidados médicos e a resposta dos funcionários era pontual e de elogiar, o que não deixou transparecer qualquer ambiente de revolta na classe.
Para se inteirar do funcionamento das unidades sanitárias, do primeiro ao quarto dia da greve (quinta-feira), a nossa reportagem visitou várias vezes os hospitais Provincial de Chimoio, Eduardo Mondlane, 1.º de Maio, Nhamaonha e 7 de Abril, onde constatou que grande parte da população não estava informada sobre a aludida greve, porque o atendimento era normal.