Na sequência dos acontecimentos relativos a uma eminente greve dos médicos, anunciada pela Associação Médica de Moçambique, o Conselho Directivo Alargado da Ordem dos
Médicos de Moçambique, reunido em sessão extraordinária no dia 10 de Dezembro de 2012, deliberou por consenso que reconhece a legitimidade de todas as questões reivindicativas apresentadas pela Associação Médica de Moçambique. Recordou que as primeiras reivindicações dos médicos não foram de âmbito salarial, mas sim de melhores condições de trabalho.
Deste modo, reconhece que embora tenha havido resposta por parte do Governo em relação ao Estatuto do Médico, o processo tem sido moroso, arrastando-se há mais de dez anos.
De igual modo admite que a versão aprovada pelo Conselho de Ministros do Estatuto do Médico em 2012 difere substancialmente da versão submetida pela Ordem dos Médicos e não confere dignidade a classe médica.
Sublinha a Ordem dos Médicos de Moçambique que o Governo já deu passos significativos para acomodar parte das reivindicações apresentadas e que os pontos em discórdia podem ainda ser resolvidos com recurso a um diálogo construtivo entre todas as partes envolvidas.