A “perdiz” continua a semear luto no país, multiplicando ataques à autocarros e à população indefesa. domingo explica o que move a Renamo, assunto que abordará na ainda nas edições seguintes, publicando, desta feita a carta que o partido de Dhlakama endereçou ao Presidente da República, exigindo dinheiro por ser parceiro do Governo na assinatura do Acordo Geral de Paz.
Numa carta intitulada “Necessidade de negociação urgente entre o Governo de Moçambique e a Renamo”, endereçada a Armando Emílio Guebuza, Presidente da República, a “perdiz” revela o que realmente pretende: a partilha de recursos financeiros do país.
Matérias como legislação eleitoral e segurança do país são, na verdade, apensos de uma intenção já conhecida da Renamo que, resguardando-se na solução militar, busca o que nunca conseguiu pela via democrática.
Estas são algumas ilações que tiramos no diálogo que tivemos com personalidades moçambicanas da arena política e académica, cujo teor prometemos reproduzir nas nossas próximas edições.
Com efeito, a Renamo tenta mostrar sinais de desdobramento, em Sofala e Inhambane, matando civis e furtando-se ao diálogo político, ao mesmo tempo que tenta bloquear o recenseamento eleitoral que inicia no próximo dia 30 de Janeiro.
Instituições como Embaixada dos Estados Unidos da América e União Europeia condenaram a opção pela via militar na abordagem de problemas de desenvolvimento em Moçambique e apelaram ao diálogo.
GOVERNO AGUARDA PELA RENAMO AMANHÃ
Enquanto isso, a delegação do Governo está disponível para continuar o diálogo com a Renamo amanhã no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, na cidade de Maputo.
O Governo está disponível “para avaliar os mecanismos para a participação de observadores nacionais neste diálogo”, excluindo, uma vez mais, a possibilidade de abordagem de participação de observadores e mediadores internacionais, “cavalo de batalha” de Afonso Dhlakama.
Em simultâneo a esta sessão, a delegação do Governo sobre questões de Defesa e Segurança, chefiada pelo senhor major general Júlio Santos Jane, das FADM , também estará disponível para o diálogo com a delegação de Defesa e Segurança da Renamo no mesmo dia, hora e local.