O Presidente da República (PR), Armando Emílio Guebuza, disse na sexta-feira passada em Maputo que o novo edifício da Presidência da República é o símbolo da nossa afirmação como povo livre e independente, daí que deve elevar para novos patamares a história moçambicana de bem servir, contribuindo, deste modo, para a concretização da agenda nobre, assim como para reforçar a nossa auto-estima.
Armando Guebuza, que falava por ocasião da inauguração do novo edifício da Presidência, frisou que os cidadãos que procuram seja qual for o serviço devem ser servidos com conhecimento, eficiência e personalização, tendo em vista a satisfação das suas necessidades.
O edifício inaugurado é de três andares, onde funcionam o Gabinete de Trabalho do Chefe do Estado, sala para o Consultivo da Presidência da República (com 61 lugares), Sala dos Grandes Actos, Sala de sessões do Conselho de Ministros (com 125 lugares), gabinetes dos conselheiros dos ministros, duas salas multi-uso, uma com capacidade para trezentas pessoas e outra para cem, entre outros.
Todas as salas têm um sistema de refrigeração invejável e uma combinação entre a luz natural e artificial, isto para dizer que estando, por exemplo, na Sala do Conselho de Ministro é possível contemplar o mar, tendo contacto desde modo com a luz solar. As salas contêm ainda um equipamento de elevado padrão para projecção em data-show e tradução simultânea nas diversas línguas nacionais.
O novo edifício é fruto da cooperação entre a China e Moçambique. A sua construção iniciou em Fevereiro de 2012, tendo terminado em Outubro do ano passado. Participaram na edificação do imóvel 5 mil trabalhadores entre moçambicanos e chineses, destruídos por três turnos.
Falando na ocasião, o Chefe do Estado recordou que durante a época colonial os edifícios eram implantados longe de quem deviam servir, “para transmitirem e reforçarem o sentido de intocabilidade, mistério e terror porque concebidos para a apologia da dominação e subjugação dos moçambicanos”.
Para Guebuza, com a independência os edifícios passaram a assumir-se como de elogio à liberdade, “daí que tenham sido emprestados outros objectivos, simbolismos e conteúdos programáticos, com os quais o nosso povo se identifica e se sente sujeito e protagonista da sua implantação.”
O estadista referiu ainda que o Governo tem estado a conceber, construir e inaugurar novos edifícios públicos, dando assim mais um importante passo na impregnação destes com o sonho “que perseguimos e estamos a realizar como um povo: o sonho de Moçambique próspero, desenvolvido e em paz e com crescente prestígio no concerto das nações”.
“Importa realçar que estamos a testemunhar a inauguração da sede do órgão de soberania que tem responsabilidades acrescidas na realização deste nosso sonho colectivo de 25 de Junho de 1962. Na verdade, este edifício acolhe o órgão que está no topo da hierarquia da soberania do Estado moçambicano – o Presidente da República –, que é o Chefe do Estado e do Governo, que significa a unidade nacional, representa a nação no plano interno e internacional, zela pelo funcionamento correcto dos órgãos do Estado, é o garante da Constituição e Comandante-em-Chefe das Forças de Defesa e Segurança”,salientou o Presidente da República.
Acrescentou que “temos estado a fazer a nossa parte no cumprimento destes ditames constitucionais, como fizeram os nossos predecessores. Por isso, é nosso ardente desejo que nas próximas gerações de titulares deste órgão da nossa soberania tenham sempre presente, e ao mais alto grau, o sentido de auto-estima, de nobreza e de patriotismo no cumprimento da sua missão”.
Dirigindo-se particularmente aos funcionários da Presidência, Guebuza disse para que todos os trabalhadores que ocupam diferentes funções e se ocupam de diferentes intervenções na Presidência da República sintam hoje e sempre que cumprem uma missão nobre de servir o órgão de soberania com responsabilidades acrescidas no contexto da Constituição da República.
“Por isso, devem todos recordar-se no quotidiano que estejam em que nível estiverem na hierarquia do departamento, sector ou área de actividade em que estão inseridos, o seu desempenho individual influi no cumprimento exitoso da missão do Presidente da República. Foi assim no passado; é assim no presente. Que seja assim amanhã e para todo o sempre”,disse Armando Guebuza desejando que o ano de 2014 seja de contínua consolidação da paz, unidade nacional, cultura democrática, do progresso e crescente prestígio no concerto das nações.